Nebulosa Volátil

Ficam mudando de lugar
Como fluido
Ariscos
Volúveis
Gasosos
Fumaça

São difíceis de encurralar
Acuar
Laçar
Domar
Fazer deles
Palavra

O poeta fica caçador
Espreita
Vigia
Estuda
Pega ainda no vácuo
Resquícios do que sentia
Pois já não sente o mesmo
Quando a palavra lhe vem

Contenta-se com ela
Embora insatisfeito em seu íntimo
Respeita e aceita
Natureza etérea

Até que em outra noite insone
O poeta é tentado
Vira caçador
De sentimentos



Que são volúveis
Como nuvem
Difícil congelá-los
Em palavras

Comentários

  1. Esse poema pedia para sair de você faz tempo !
    Boa Dalila, saudade de vc, beijos

    ResponderExcluir
  2. Muito bom!

    (Tem palavras escondidas? o.O)

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas